quarta-feira, 30 de maio de 2012

Orações Subordinadas Substantivas: como diferenciá-las?

Está bem que todos somos obrigados a estudar e, posteriormente, DOMINAR o que são períodos simples e compostos, mas, sendo franca, depois que saímos dos períodos compostos por coordenação ganhamos um nó com o estudo dos períodos compostos por subordinação. 
Atendendo aos constantes SOS's de meus alunos, aqui vão algumas dicas básicas que vão ajudar-nos a todos (não duvidem, me incluo nesse grupo :p) a desatar todos os nós de marinheiros que acompanham junto as orações subordinadas, sejam elas substantivas, adjetivas ou adverbiais.
Aproveitem a primeira safra com as orações subordinadas substantivas e em breve postarei as dicas das adjetivas e das adverbiais (sem falar em que fica também a promessa de dizer para vocês como saber quem é o que para tirar um A na escola).


Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas (que nome grande) são as que se apresentam com valor substantivo (normalmente são introduzidas por conjunção integrante que e se). 
As OSS (tão achando que vou ficar repetindo aquele nome o tempo todo, é?) classificam-se em 6 (ou 5 dependendo do ponto de vista), são elas: subjetiva, objetiva (direta e indireta), predicativa, completiva nominal e apositiva. 

·  Subjetiva

É a que funciona como sujeito da outra oração. Para reconhecer uma oração subjetiva basta observar as seguintes dicas:

a) Verbo ser + palavra abstrata (substantivo ou adjetivo) ou pronome pessoal reto. 
Ex.: É certo que todos terão chances na prova. / É ele quem assumirá o comando.

b) Verbo na voz passiva. 
Ex.: Foi combinado que todos iriam ao baile. / Percebeu-se que ninguém colava.

c) Verbos conjugados apenas na 3ª pessoa do singular ou do plural – urgir, bastar, suceder, constar, etc... Ex.: Urge que colaborem. / Agrada-me que a felicidade voltou aos seus olhos.

·  Objetiva direta

Funciona como objeto direto de outra oração. Para reconhecer uma oração objetiva direta basta observar
o seguinte:

a) Sujeito + verbo transitivo direto. 
Ex.: (EU) Desejo que nossa união seja eterna.

·  Objetiva indireta

Temendo ser redundante após a definição das objetivas diretas, pois já deve ter ficado mais que claro =p. Porém sou boazinha e vou dizer para os desavisados de plantão. As objetivas indiretas são aquelas que funcionam como objeto indireto de outra oração. Para reconhecer uma oração objetiva indireta basta observar o seguinte:

a) Sujeito + verbo transitivo indireto. 
Ex.: Não me oponho a que estudem.

·  Predicativa

É a que funciona como predicativo de outra oração e para reconhecê-la basta observar que:

a) Pronome pessoal reto ou substantivo + verbo ser. 
Ex.: A verdade é que Renato gosta de pintura.

·  Completiva nominal

É a que funciona como complemento nomina de outra oração e seu reconhecimento se faz observando o seguinte:

a) Verbo + palavra abstrata (adjetivo que derive de um verbo) + preposição + conjunção.                
Ex.: Tenha certeza de que o Flamengo será o melhor.

·  Apositiva

Tem muito o que dizer a respeito não. Toda oração apositiva funciona como aposto de outra oração e vai aparecer após dois pontos (:) ou, dificilmente, após vírgula. Pode aparecer sem o conectivo que e se
Ex.:  A verdade é uma só: eu te amo. / Penso, logo existo.

Observaram? Então agora é só praticar com as questões propostas abaixo:

1. Classifique sintaticamente as orações destacadas:

a) Convém que cheguemos mais cedo amanhã.
b) A primeira vez que vi Teresa
    Achei que ela tinha pernas estúpidas.
    Achei também que a cara parecia uma perna.
                                      (Manuel Bandeira)
c) Convenci-o de que o livro era interessante.
d) Parece que a garotinha tem medo do escuro.
e) Suponho que nunca tenha visto um homem.
f) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares.
g) Sou favorável a que o aprovem.

Gabarito:
a) subjetiva
b) objetiva direta; objetiva direta
c) objetiva indireta
d) subjetiva
e) subjetiva
f) predicativa
g) objetiva indireta

Bibliografia:
Vicente, Jorg T. Português / Jorge T. Vicente - 4ª ed. - Rio de Janeiro: Impetus, 2004.


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